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2011 foi bom?



"The Protester" (O Manifestante) foi eleito a "Personalidade do Ano" pela revista Time.

Ou seja: podemos celebrar 2011 - um ano de revoluções, crises e questionamento do poder.

O mundo muda. Lentamente. Mas muda.

(e no Brasil, vamos protestar contra o quê? quando? como?)


ps.: Para quem quiser ler e pensar mais sobre este tema, o artigo abaixo comenta a onda das revoluções no mundo. Diferentes entre si, mas movidas pelo cidadão comum em busca de um mesmo ideal: Justiça.

A injustiça e a revolta

Leituras de férias

O que estão lendo nas férias?
Vamos compartilhar nossas viagens literárias?

Uma proposta: em cima do que o outro mostrar, fazer alguma associação com alguma ideia/ filme/ música/ livro que lembrar. E assim costuramos nossas obras de férias sem parar, até a hora de voltar...

Eu estou percorrendo dois caminhos bem diferentes (ou não...):

Até mais, e obrigado pelos peixes!
(Douglas Adams)

Quarto livro da "trilogia de cinco" do Guia do Mochileiro das Galáxias, famosa série que mistura ficção científica com muito humor para tratar de grande temas filosóficos e sociais.

O pobre (ou felizardo) Arthur Dent é salvo da Terra segundos antes da destruição total do planeta - que precisou ser demolido para a construção de uma grande auto-estrada espacial. Daí ele passa a rodar o Universo em companhia do amigo Ford Prefect (que estava disfarçado de humano mas é extraterrestre), do megalomaníaco Zaphod Beeblebrox, imperador da Galáxia, de uma humana muito esperta chamada Trillian e de um robô depressivo (é inteligente demais!) chamado Marvin. Todos guiados pela sabedoria do "Guia do Mochileiro das Galáxias", a bordo de uma nave cujo combustível é a improbabilidade infinita: ou seja, ela pode estar em todos os lugares do Universo simultaneamente!

Neste quarto livro, Arthur está de volta à Terra, sem entender como o planeta pode estar aqui de novo, intacto, se ele mesmo viu tudo ser destruído. Mas para quem já jantou no restaurante no fim do Universo, conversou com o homem responsável por toda a Criação, descobriu a grande resposta para a Vida, o Universo e Tudo o Mais (só não sabe a pergunta) e aprendeu a voar (basta se jogar e "errar o chão")... nada é impossível.

Aqui um um blog brasileiro dedicado ao autor, Douglas Adams, físico e humorista:  http://douglasadamsbr.tumblr.com.

História da eternidade
(Jorge Luis Borges)

O que é a eternidade? Dá para imaginar um tempo que não acaba? De onde o tempo vem?, quando surgiu?, até onde vai?, passado e futuro existem?, ou só o presente?

A gente vive inocentemente acompanhando o "tempo" em nossos relógios e calendários, mas quando paramos para pensar nele, a cabeça dá um nó.

O argentino Jorge Luís Borges, um dos maiores escritores do século XX, usa a sua profunda cultura para contar a "história da eternidade" (mas como ela pode ter história, se é eterna?), apresentando e comentando os vários autores e as várias teorias que tentaram resolver esses mistérios da Humanidade. Também passeia por obras de ficção, como "As mil e uma noites" e termina com um capítulo ficcional.

Às vezes é meio complicado de entender, mas por isso mesmo é fascinante: entendendo ou não, a cabeça fica alerta e nosso olhar para o mundo é provocado a ser diferente.

Meu google, seu google?



A Internet representa livre acesso à informação?

Cada vez menos: sistemas automáticos (de Google, Facebook e quase todo grande site de conteúdo) dedicam-se a "personalizar" o resultado de nossas buscas e o caminho de nossas navegações. 

O que fazer para manter a internet radicalmente democrática?

Por quê?

Às vezes nos sentimos impotentes diante de situações simplesmente inacreditáveis.

Que mundo é este? Em que ano estamos? O que move as ações humanas?

Muitas dúvidas, poucas respostas. Triste.

Para quem fica, o compromisso é não abrir mão da liberdade.

Para quem não pode ficar, a consciência de que a liberdade é também uma força interna.

E o que construímos dentro de nós, ninguém pode tirar.

Mesmo calada a boca resta o peito
Mesmo calado o peito resta a cuca

(Chico Buarque, "Cálice")

Palavra de rua

Também arrisco meus cliques por aí, mas pra evitar justas críticas de Eliane e seus pupilos, minha desculpa é: estou apenas caçando palavras.

A Oficina da Palavra, na turma de Foto, inaugurou um banco de imagens com palavras capturadas pela cidade. As próximas turmas continuarão a alimentá-lo (e nem precisa ser aluno de Foto pra dar sua contribuição).

Depois, quando for a hora de pensar em projetos, podemos recorrer a elas: editá-las, combiná-las, colocá-las em outro contexto, ou só usá-las como inspiração.

Já repararam como certas expressões, deslocadas de seu contexto, ganham grande potencial poético?

Hoje encontrei um bom exemplo disso. E, claro, fotografei.


Pra quem gosta de comunicação de rua, vale conhecer a série "Pracas do Braziu" (do site Kibeloco).

Geni e a técnica de roteiro

Chico Buarque, além de filho do maior historiador do país e sobrinho do maior dicionário do país, não se contenta em ser músico, cantor, compositor, pegador e escritor (não necessariamente nessa ordem): também criou peças de teatro. Entre elas, a Ópera do Malandro (1978).

Uma das canções desse musical é Geni e o Zepelim. A letra segue o padrão básico de um roteiro cinematográfico:

abertura/ situação+personagem/
ponto de estímulo (conflito principal)/
conflitos geram conflitos/
clímax/
desfecho.



De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato

E também vai amiúde
Co'os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geleia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo –- Mudei de ideia

– Quando vi nesta cidade
– Tanto horror e iniquidade
– Resolvi tudo explodir
– Mas posso evitar o drama
– Se aquela formosa dama
– Esta noite me servir

Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
– e isso era segredo dela –
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos

Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado

Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni


http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=genieoze_77.htm

Poema em linha reta

(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Backwards (trás pra frente)



A mesma história teria o mesmo impacto se fosse contada de frente pra trás? Confira:



Apresentação --> Ponto de estímulo --> Conflitos levam a conflitos --> Clímax --> Conclusão

11 de setembro

Com atraso de 4 dias (o que significa isto, diante da eternidade?), o poema inspirado na fotografia que inspirou o documentário "The falling man".




































Eles pularam dos andares em chamas –
um, dois, mais alguns,
acima, abaixo.

A fotografia deteve-os na vida,
e agora os mantém
sobre a terra rumo à terra.

Cada qual permanece inteiro,
com um rosto próprio
e sangue bem guardado.

Há tempo o bastante
para cabelos voarem soltos,
para chaves e moedas
caírem dos bolsos.

Eles permanecem sob o toque do ar,
ao alcance dos lugares
que acabaram de se abrir.

Eu só posso fazer duas coisas por eles –
descrever este voo
e não acrescentar a última frase.


Fotografia do 11 de setembro, poema de Wislawa Szymborska

Fotografia de Richard Drew (Associated Press)


Sobre a poeta: http://www.algumapoesia.com.br/poesia3/poesianet265.htm

Sobre a fotografia e o documentário: http://en.wikipedia.org/wiki/The_Falling_Man

Loucura é Arte?



Rodrigo de Souza Leão (autor de Todos os cachorros são azuis)
era esquizofrênico e um escritor genial.

Uma coisa não tinha nada a ver com a outra, como explicou em uma entrevista.
Van Gogh cortou sua orelha, Bispo do Rosário não atinava razão,
Kafka mandou queimar sua obra, o albino Hermeto não bate mesmo muito bem.
Nem todo louco é artista, mas todo artista é um pouco?

Como recomenda o escritor, o segredo é ser
Apolíneo na forma?
Dionisíaco no conteúdo?
(se forma = conteúdo, apolíneo = dionisíaco, prosa = poesia?)

O site linkado acima está arrecadando fundos para uma bela mostra
de Rodrigo de Souza Leão no MAM (ele também pintava muito bem).

Divulguem!

Outros links:

* Rodrigo de Souza Leão (site oficial)
* Entrevista (louco x maluco x doido)

Autofoto de mim mesmo-me

As turmas de Design e de Foto encaram o desafio de responder à pergunta: "Quem sou eu?".

Não é fácil. Seja num autorretrato fotográfico ou numa camiseta que expressa suas escolhas estéticas... O que dizer? Como dizer?

Este macaco aí do lado não teve dilema nenhum: roubou a câmera e clicou sua cara expressiva, num belo resultado.

Infelizmente, temos algo que falta a este nosso primo primata: (auto)consciência.

Felizmente, temos algo que falta a este nosso primo primata: percepção artística.

Quem se candidata a completar a frase nos comentários abaixo?

Eu sou...

Looping

Come into my world, videoclipe dirigido por Michel Gondry.

E por falar em looping, algumas frases dos alunos de vídeo, no clima "o fim é o princípio":

- Gentileza gera gentileza (Jonathan)

- O infinito dos seus olhos me faz encontrar o infinito dos seus olhos me faz encontrar o infinito... (Laís Félix)

- O tempo tem todo tempo. (Laiane)

- Revistas são feitas para serem vistas e revistas. (Patrícia Simas)

- Volta é uma palavra que volta. (Felipe Cardoso)

- O significado da vida é dar vida a um significado. (Evelyn)

- O começo pode estar no recomeço. (Rayssa)

- Ser sempre ser. (?)

Jabusco à jumela com thururú e tricos trifritos

Ingredientes:

500g de jabusco italiano
340ml de molho de shitarurú orgânico
1 jumela
300 tricos pretos
10 thururús pequenos
4 pacacos (ou canêcos da sai)
1 sabugo de chimininrai verde
1 folha grande de craxý
4 crecas de truba (ou de tulots)
1 peitindága listeu grande


Modo de preparar:

Numa frigideira grande o bastante para que caibam todos os ingredientes (mas não grande a ponto de despencar pela lateral do fogão), bote óleo pra ferver e faça um refogado juntando o peitindága listeu bem picadinho e as crecas de truba amassadas (também servem crecas de tulots moídas). Corte os pacacos em fatias finas (se conseguir achar, prefira os raros canêcos da sai), rale o chimininrai verde e junte os thururús cortados em cubos. Acrescente todos esses ingredientes ao refogado, com o cuidado de não deixar a água dos thururús secar completamente, nem empapar os fiapos naturalmente soltos pelo chimininrai. Quando os peitindágas estiverem bem dourados, use a folha de craxý para abafar o vapor, tapando completamente a mistura. Enquanto isso, corte a jumela em fatias de diferentes formatos e tamanhos, pincelando nelas o suco expelido pelos thururús quando foram cortados. Frite-as no refogado e acrescente o molho de shitarurú orgânico da serra da Cantareira, de preferência colhido numa noite do mês de maio com lua cheia. Traga frigideira tradicional refratária ao frio para fritar, refritar e trifritar os trezentos tricos pretos. Deixe-os dourarem durante o tempo em que você repete a frase anterior em voz alta quinze vezes seguidas. Por fim, providencie 500ml de água em ebulição para nela submergir o jabusco italiano, durante tempo suficiente para que derretam ao primeiro contato com as rodelas de jumela e o cubos de thururús, mas antes faça stabraque para que fiquem com o tamanho ideal. Jabusco no ponto, junte o molho e pronto.

Serve 6 pessoas.


Sobremesa: Salada de frutas ao tsssz

É simples: corte um timarandá em rodelas, fatie um mian mian (mas retire a casca e a coroa!), faça cubos de rhá-há bem maduro, pique um julot e esmague dezessete chambarùs e meio (a outra metade, pode comer enquanto prepara). Dê um jeito de descobrir como se corta uma fróia, e acrescente também. Por fim, acrescente um copo de suco de maracmoi e inúmeros fiapos de tsssz. Se não encontrar tsssz no mercado nem na feira, pode ser que a Associação dos Amigos dos Língua-Presa tenha enfim conseguido proibir sua produção e comercialização devido ao fato de que, entre eles, a simples pronúncia desse nome invariavelmente ocasiona cuspes e perdigotos por parte de cozinheiros, feirantes e consumidores associados, o que gera situações constrangedoras. Neste caso, pode substituir o tsssz por uma mitinda sagnin importada. Embora seja menos saborosa, sua menção no cardápio sem dúvida valoriza o prato.

Serve 2 pessoas.
(não se preocupe: as outras quatro não vão aguentar comer sobremesa depois do jabusco)

Nome Não, by Arnaldo Antunes


O que vocês não sabiam é que o título da oficina, "Nome Não", veio de um vídeo do Arnaldo Antunes.

Uma boa inspiração, mas sou mais o nosso... :)

Enquanto isso, numa sala da Kabum...

Lições do futebol

Pra quem não sabe, o atacante Jóbson é um craque. Pela velocidade e habilidade que tem no drible e no chute, podia estar na seleção, tabelando com o Neymar.

Jogava no Glorioso Botafogo, quando um exame antidoping acusou uso de cocaína. Até hoje o caso está sendo julgado por um tribunal internacional. Ele pode ser banido do futebol. (vale pensar: para alguém às portas de um vício, esta seria a punição ideal?)

O Botafogo o defendeu nos tribunais e deu novas chances de treinar e jogar. Mas pra atuar profissionalmente, é preciso disciplina, dedicação, empenho. Ele não conseguia se firmar. Este ano, Jóbson foi emprestado ao Bahia. De graça. Foi um acordo entre os clubes para dar mais uma oportunidade ao jogador, fazer ele mudar de ares, de rotina.

Em pouco tempo, Jóbson tornou-se o destaque do Bahia no campeonato. Mas agora o técnico René Simões o afastou do time. Motivo: uma série de indisciplinas, que começava a contaminar o ambiente entre os jogadores. A fama subiu à cabeça, de novo.

Na entrevista que deu para explicar sua decisão, o técnico argumentou que nem o maior craque do mundo deve ter poder ilimitado. E estendeu seu raciocínio para toda a sociedade brasileira:

- Este é um país de maus exemplos. Um país em que as pessoas riem na frente das câmeras desmentindo as barbaridades que fazem principalmente com o povo, na educação, na saúde, em tantas coisas. E riem. Então, a gente tem que começar dando exemplo, porque as pessoas não podem tudo, não. E a gente tem que se revoltar quando imaginam que podem tudo. Não podem, não! Senão, você deixa de ter uma sociedade equilibrada, harmônica, justa, igualitária. Senão, vai virar uma anarquia.

http://noticias.bol.uol.com.br/esporte/2011/08/23/apos-caso-jobson-rene-desabafa-e-cita-ate-suicidio-de-amigo.jhtm

Para ler de olhos fechados

Chegam na escola nova, segundo dia, e são vendados.
Obrigados a andar de mãos dadas no breu.
A ouvir sons estranhos.
Cheirar coisas desagradáveis.
Tatear o desconhecido.

Que viagem é esta, afinal?
Cegos somos todos, quase o tempo todo.
(ler o livro "Ensaio sobre a cegueira - José Saramago)
(ver o filme "Ensaio sobre a cegueira - Fernando Meirelles)
A consciência da cegueira é o primeiro passo para um outro olhar.
Tirar a venda para ver diferente.
Desvendar: isto é arte.

Para ler de olhos fechados. Ouvir, uma palavra de cada lado:

Elevador Máquina

Elevador Pipa

Elevador Leva

Elevador Dor

Elevador Dente

Elevador Gente

Elevador Sobe

Elevador Desce

Elevador Casa

Elevador Casca

Elevador Mente

Mente Elevador

Distúrbio ou Revolução?

As autoridades estão preocupadas com a explosão de revoltas em Londres. Tudo começou com protestos pelo assassinato de um inocente por um policial. Mas quando um telejornal resolve entrevistar um cidadão para sabe se ele está chocado com os "distúrbios", ouve um desabafo inesperado.

E emocionante.



ps.: alguém me ajuda a separar o texto da imagem!

Aula Zero

Reinventando a Oficina da Palavra para o segundo curso Oi Kabum!

Aproveitar o que deu certo, experimentar novas e muitas ideias que pipocaram no longo período de preparação entre uma turma e outra.

Desta vez o compromisso é fazer um blog vivo e ativo: aulas, links, resumos, comentários e o que mais surgir. Um blog que só neste princípio está nas mãos do professor. Ou seja: em breve terá os rumos ditados pelo que os alunos (e as turmas) foram inventando.

Começo da viagem, passagem gratuita, carimbo no passaporte com validade infinita.

Senhoras e senhores, mulheres e crianças primeiro, galera das galés, todos a bordo!

Simbora.